terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O que lhe falta para estar em paz?


A sensação de que lhe falta algo para ser feliz é familiar? Esse é o sentimento de estar desconectado e “separado” de nós mesmos. É o sentimento de incompletude.

Lama Gangchen Riponche diz:


“Freqüentemente sentimos falta de algo quase imperceptível, algo que não é mental, intelectual. Até mesmo nas situações privilegiadas, em que pensamos estar satisfeitos, logo surge esse sentimento sutil de que algo nos falta. Temos, então, a prova de que a vida material não é suficiente, e saímos em busca de algo mais espiritual. Esse algo que nos falta é tocar nosso próprio potencial de paz.”


É importante entendermos que tudo o que procuramos fora de nós se encontra em nosso interior. Justamente por isso procurar a paz fora pode nos levar para mais longe dela. 
Para que possamos procurar algo precisamos criar uma imagem, uma projeção. Para procurar a paz eu crio um conceito e um modelo de paz e passo a procurar aquilo que criei, a minha projeção, o meu modelo. Só que o modelo, a projeção  só existe na minha mente. É como se desesperássemos para chegar a um lugar, porém, não há um lugar. Não podemos entender a paz pela mente, nem tão pouco conceituá-la. A paz não pode ser idealizada, somente reconhecida. 

 
Portanto, não precisamos mais esperar, nem tão pouco procurar algo que nos fará inteiros e felizes. A busca acaba aqui. Podemos reconhecer os estados de calma da nossa mente como nosso maior bem.  Primeiramente reconhecemos a paz interna, para depois, desenvolvê-la. Precisamos entrar em contato com a calma e o bem-estar até mesmo para podermos desenvolver mais desses estados. Então, o primeiro passo é: reconhecer a presença de uma mente satisfeita, tranqüila. Ao aprender reconhecer nosso estado de paz e satisfação, estaremos treinando a confiança em nosso potencial de entrega e relaxamento. A inquietação nunca trará paz. Só a paz gera a paz. Sendo assim, devemos reconhecer os estados de paz e bem-estar para podermos gerar mais desses estados. 

  
Podemos começar identificando alguns estados de satisfação que são gerados no nosso dia-a-dia:
no momento de dormir, o alívio da sede ao tomar um copo d’água, o relaxamento num banho morno, a cena de um filme etc. 

 
Ao começarmos reconhecer esses momentos e estados, mais destes momentos e estados estaremos criando na nossa vida. Isso acontece porque vamos começar a fazer conexões neurais para viver o momento presente e reconhecer o positivo. Temos grande facilidade para identificar os sentimentos negativos, os momentos  negativos. Mas e os positivos? Devemos nos treinar para identificar esses momentos  de satisfação e consequentemente estaremos nos sintonizando com esses momentos e criando mais deles em nossa vida! Só  nos sentiremos mais enraizados, entregues e seguros em nosso mundo interior quando ele for mais positivo. E assim estaremos finalmente reconhecendo e manifestando a paz em nossas vidas. Finalmente conectados conosco seremos capazes de tocar nosso próprio "potencial de paz".


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